Como eu mudei

     Hoje eu estava pensando, voltando de carro da minha viagem: como eu mudei. Parece que  foi ontem que eu estava no meu primeiro dia de aula, nervosa e ansiosa. E a primeira vez que fui na casa de uma amiga...não foi semana passada? Mas já faz bastante tempo.

    Lembrei das festinhas que eu tinha naqueles parques de diversão. Pensei nas amigas que passaram pela minha vida. Estamos no final do ano, mas eu me lembro como se fosse hoje a virada do ano de 2009 para o de 2010. Mas faz tanto tempo. Onze meses já se passaram. O Natal está aí. E daqui a pouco, o outro ano. E a nova série, e as novas amigas, e outro ano. Quando percebemos, já estamos crescidos. Nós olhamos para trás e pensamos: mas parece que tudo isso está tão perto.

     Na primeira série, eu me considerava quase adolescente, mas quando olho para crianças de sete anos, penso que elas ainda são tão pequenas.

     Penso nas pessoas que já se foram, como isso pode acontecer? Uma hora elas estão aqui e depois...a vida acaba? Não pode ser só isso. Por que passamos a vida inteira sofrendo e estudando, se ela é tão curta e precisamos aproveitá-la? Qual é o sentido de nascer, viver, se sacrificar, e ter tudo o que conseguimos nos tirado? Mas existem momentos que eu penso: a vida vale a pena por esses segundos.

    Um sorriso, um abraço, uma foto. Fotos me emocionam muito, principalmente as que eu lembro de quando foram tiradas. Um livro, uma pessoa, uma festa. Mas eu começei a perceber que as melhores coisas da vida não são materiais. Tenho certeza de que no melhor momento da minha vida eu não estava sozinha. Foi espôntaneo, e eu daria tudo para voltar. Mas o problema é que não sei qual é esse momento. Foram tantos.

    Mudei muito desde pequena. Principalmente esse ano, que eu considero importante pois foram os doze meses em que me toquei do sentido da vida. Estou triste, mas feliz. A vida nos dá muita raiva, mas no final, bem no final, vale muito a pena. Eu sei que isso é estranho, mas eu me tornei outra pessoa. Só que sei que o principal não mudou. Eu ainda sou eu, mas me adaptei. Estou melhor, sei quais ideais quero seguir. Estou grande, minha consciência já está muito mais madura do que a dois anos atrás.

    Eu sei que fugi do assunto do blog, Barbie's, mas eu tinha que falar sobre isso, afinal, essas bonequinhas estão acompahando o tempo, as mudanças. Temos recordações com elas. As Barbies nos mudam. Eu sempre tive vergonha de expressar minhas opiniões e ser motivo de piada. Mas quando decidi assumir meu amor por elas, tive que vencer barreiras. Não fiquei com vergonha, eu lutei pelo que gosto. E eu venci. Não ligo para o que os outros pensam, desde que eu seja feliz.

    Eu ainda quero viver muitas emoções, mas se a minha vida parasse aqui, eu já estaria satisfeita.

   Quero mandar um beijo para todos que são importantes para mim: minha mãe, minha irmã, meu pai, minhas avós, meus animais, as posts do blog, as minhas amigas, aos visitantes, aos golfinhos (eles são muito importantes!) e até mesmo as pessoas que merecem, mas que eu ainda não conheço.

   Tang  

  Beijinhos, aos citados acima,