domingo, 30 de janeiro de 2011

26° Capítulo OMG!

                Agora tudo está perdido. Ou será que não? Rachel fora acertada? E Alice, estaria bem? Confira isso neste capítulo de OMG!

        Mandy

Claro! Toquei-me na hora. Sempre desconfiara da história estranha que Rachel contara sobre a gravidez de sua mãe, apesar de ter uns quarenta e poucos anos, seu sumiço repentino, a irmã tão parecida... tudo estava se encaixando!
        Corri para a rodoviária e peguei o primeiro ônibus para a pequena cidade do interior onde Rachel vivera com a família.
        A viagem era curta, mas estava durando eternidades. As árvores passavam pela pequena janela e eu continuava dominada por pensamentos dos tipos mais terríveis. O que poderia acontecer...
 A ligação.
Tio Julian sempre fora meio... estranho. Não tinha muito contato com ele, apenas por Jake, o que não era muito.
Olhei para o relógio. Apenas dez minutos haviam se passado. Não pude acreditar. Ainda tinha muito tempo.
Olhei para a pessoa sentada do meu lado. Era um homem de cabelos castanhos claros que parecia ter minha idade.
Ela estava mexendo em sua mala, e demorei um pouco para reconhecer.
-Théo? – perguntei.
Ele se virou. Encarou-me e abriu um largo sorriso que comprovou minhas suspeitas.
-Mandy! – ele me abraçou. – A quanto tempo! O que faz aqui?
Théo era meu melhor amigo nos tempos de criança, mas deveria fazer uns sete anos que não nos víamos. Estava tão feliz por reencontrá-lo.
-Rachel.
-Vocês ainda mantêm contato? – ele disse animado.
-Sim, mas estamos com problemas...
Expliquei para ele a história desde o começo. Tudo. Até sobre minhas filhas. Ele parecia compreensivo, mas não sabia se estava acompanhando.
Acabei de contar sobre o último ano de minha vida e começamos uma conversa mais animada. Eu estava precisando.
-Como é seu marido? – ele perguntou com um quê de mistério.
-Ah, não. Não me casei com ele. Nem pretendo. Não é o cara certo, ele apenas me deu um presente. – eu corei um pouco. Isso parecia... errado. – E você? É casado? Pelo eu me lembro, você acabou o ensino fundamental namorando a... como era o nome... Dafne, não é?
Ele riu.
-Sim. Mas terminamos logo em seguida. Não era meu tipo. Além disso, estou me dedicando ao trabalho. Sou publicitário e estou a procura de um produto para patrocinar. Um que valha a pena. Vim aqui com esse intuito.
De repente, o ônibus parou. A viagem havia terminado. E não fora muito rápida.
Percebi que teria de dar tchau a Théo, talvez para sempre. Me senti desanimada novamente.
-Bom, então é isso, boa sorte em busca de...
-Ei, adoraria rever Rachel. Será que poderia te acompanhar? Não espero ter tanta sorte assim desde o início mesmo. Claro, se topar e...
-E você ainda pergunta! Eu adoraria!
Saímos do ônibus e pegamos um táxi que nos levou rapidamente para o endereço de Rachel. Pedi para que ele estacionasse um tanto longe da casa.
Descemos e observei um carro parado a certa distância da moradia. Eu reconhecia aquele carro. Achei que talvez fosse do tio de Rachel.
Fomos andando e de repente a porta do carro se abriu e Rachel saiu. Ficamos parados por um momento, mas ela não nos viu.
Ela foi se afastando do carro com pressa. Escutei um barulho. Não, não um barulho qualquer.
Um tiro.
-Rachel, não! – gritei e corri ao encontro da menina.
Ela estava caída. Olhei para seu rosto. Provavelmente desmaiada. O tiro acertara em seu peito. Não havia tempo.
Théo pegou o celular habilmente e ligou para a emergência, que apareceu em poucos minutos.
Meus olhos estavam inundados de lágrimas.  Théo tentava me consolar, dizendo que ela iria ficar bem. Mas não seria assim. Eu sabia que tudo estava perdido.
Não avisei nenhuma das amigas. Só Théo estava ali. E ele estava me ajudando. Apesar do tempo que passamos sem nos ver, parecia que nunca havíamos nos separado.
O doutor passou e eu agarrei seu pulso.
-Ela vai ficar bem? – disse, as lágrimas se transformando em ódio.
-Receio que não. Vai sobreviver, mas as seqüelas ficarão. O tiro atingiu o peito. Talvez ela não volte a andar.
Caí no chão, de joelhos. Berrei o mais alto que pude, minhas agonias se rebelando.
Não podia ser. Ela, eu sempre fora tão boa.
Théo me guiou até a capela do hospital e lá fiquei durante algum tempo.
-Théo?
-Sim.
-Quem disparou o tiro?
-Não sei.
-Mas, de onde veio?
Ele pensou por um momento.
-Eu acho...
-De dentro da casa, não é?
Ele assentiu. Na hora não pensamos em nada, mas agora eu me recordava bem.
De dentro da casa. Mas quem?
Alice.
Meu Deus, Alice podia estar correndo perigo se o tiro realmente saíra de onde imaginávamos.
Chamei Théo e fomos para o local em que o crime ocorrera. Não era longe, então fomos andando mesmo.
A casa estava aberta. A polícia ainda não fora acionada.
Entrei sorrateiramente.
Em cima da mesa estava um bilhete.
“Estou com minha neta.”
Tremi e entreguei o papel ao meu amigo. Ele leu e disse:
-Isso não vai ficar assim. Precisamos encontrar a menina.
Concordei e saímos da casa. Tantas lembranças ruins, tantas dores. Pelo menos Théo estava do meu lado. Théo...
 
Théo
Agora que me toquei. Este capítulo ficou enorme! Mas tudo bem, né? O que vocês acham que vai acontecer? Rachel ficará com seqüelas? Mandy e Théo encontrarão Julian e ele terá o que merece? Tudo isso no próximo capítulo de OMG!
Beijinhos, Tang

Um comentário:

  1. Ô menina, dá pra ir mais devagar?? Lembra que eu to escrevendo tudo?
    Hahhaahahhaah brincadeira, mas eu adorei!

    Beijos Lily

    ResponderExcluir

Deixe um recadinho para nós!!! As Barbies adorarão...