sábado, 8 de janeiro de 2011

12° Capítulo OMG!

        Mandy
      
        Logan foi atrás de Rachel. Eu o entendi. Ele até estava amigo de todas nós depois que se desculpou. Percebi que ele era um pessoa boa, só estava confuso. Mas ele foi atrás dela. Deus sabe onde.
        
         Os dias estão passando. Nem sinal de nenhum dos dois.
         E dentro de mim continuam crescendo meus amores. Meus. Só meus.

         Seis meses depois...

         Lucy

         O celular tocou em minha bolsa. Número desconhecido.
         -Alô? – perguntei.
         -Sim, você é irmã de Amanda Ryan?
         Pensei um pouco. Poderia ser importante.
         -Sou. – disse decidida.
         -Aqui é do hospital. Ela sofreu um acidente. – A notícia acertou meu coração e senti minhas pernas amolecerem.
         -M-mas ela, o bebê... – falei meio tonta.
         -Os bebês nasceram, estão bem, mas... – o homem falou.
         Os bebês? Mas como assim? E o que acontecera com Mandy!
         -Acho melhor vir para cá. É urgente.
         Desliguei o celular e corri pela casa inteira em busca das chaves do carro. Estava chovendo, e o trânsito não estaria bom.
         Como eu esperava, havia um engarrafamento e o hospital era longe de casa. Mandei uma mensagem para todas as amigas de Mandy.
         Jenny, Kate, Luise.
         Pensei por um momento. Eles também tinham direito de...
         Logan e Rachel.
         O carro continuava andado lentamente. Pensei em ir a pé, mas chovia tanto que tirei essa ideia da cabeça. Estava impaciente. O que poderia ter acontecido?
         Depois de uma hora e meia, cheguei ao hospital.
         Olhei para a sala de espera.
         Todos estavam lá. Todos aflitos. Todos chorando. E quando eu digo todos, são todos mesmo. Rachel, Logan e um cara que eu não conhecia também estavam assim.
         -Oi. – disse rápido. – O que aconteceu exatamente?
         -Não sabemos.  – disse Kate, que era a que mais chorava. – O médico disse que deveria te esperar. Mas achamos que é grave.
         Corri para a recepcionista.
         -O-olá, quero informações sobre Amanda Ryan. Ela sofreu um acidente e estava grávida.
         Um médico saiu de uma porta.
         -Lucinda Johanson? – disse ele calmamente, com uma prancheta nas mãos e eu assenti.
         O médico foi ao centro da rodinha que formamos.
         -Ela estava dirigindo o carro e provavelmente perdeu o controle, com a chuva.
         Senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. O médico pareceu falar com cuidado. Isso não era bom, não era nada bom.
         -Conseguimos salvar os bebês.  – ele olhou para mim.
         Perdi-me em pensamentos. Bebês?
-M-mas, e-era eu bebê só. – disse Kate aos prantos.
         -Não, senhorita. Eram gêmeos. – ele sorriu e continuou. – Mas então, Amanda ainda tem chances de sobreviver, apesar de serem mínimas. Agora ela está na sala de cirurgia, esperando a aprovação de alguém da família.
         -Mas o que ela tem? – perguntei.
         -Bom, - ele respondeu. Percebi que até Logan chorava. – Ela teve uma perfuração no peito e por sorte não atingiu o coração. Vamos torcer para que tudo dê certo.
         Olhei para todos, que acenaram com a cabeça.
         -Pode fazer a cirurgia. – disse, sabendo que ele pensava que eu era a irmã dela. Nós até éramos parecidas, para falar bem a verdade.
         O homem concordou e se dirigiu a uma sala. Segurei em seu braço.
         -Faça de tudo. Salve-a. – falei entre os dentes.
         O médico apenas se soltou graciosamente e continuou a andar. Sabia que fariam todo o possível.
         Todos sentamos na sala de espera. Havia muito o que conversar. Mas ali não. Nem naquela situação.
         Era de manhã, o hospital estava meio vazio. Melhor assim, pensei, pois Mandy teria o cuidado necessário.
Lembrei de todos os momentos bons que tivera com minha melhor amiga. Nunca me sentira tão sozinha antes.
Pensei nos momentos inesquecíveis, de quando éramos crianças. Os segredos, as esperanças, os sonhos. Tudo voltou a minha mente naquele momento e eu chorei.
Luise veio até mim, os olhos inchados, e passou a mãe em minhas costas.
-Ela vai ficar bem. – falou. – O que acha de irmos visitar nossos sobrinhos? Eles estão na incubadora, são prematuros.
Concordei e fomos juntas até um janela não muito longe da sala em que estávamos. Olhei para o vidro. Dois pequenos pedaços de mundo.
Não.
Duas pequenas criaturas indefesas. Eram meninas, meninas lindas. Mandy adoraria vê-las. Mas ela não pode, está sendo operada.
Coloquei a mão nos olhos e limpei as lágrimas. Observei os bebês.
Elas precisavam de carinho, de apoio.
As meninas abriam e fechavam os olhinhos, em busca de algo para lhes cuidar. Mas não havia nada. Não havia ninguém.
Solucei e botei tudo que estava trancado para fora.
Mandy nunca quisera saber o sexo do bebê que esperava, mas ela tinha que saber quantos eram. E ela sabia.
Lembro de quando ela não quis me mostrar nada do enxoval e disse ser surpresa. Eu não fiquei muito assustada com a atitude de minha amiga porque ela sempre adorara surpresas.
Mas Mandy sabia que era uma gravidez de risco. Até mesmo porque ela era jovem.
Luise me entregou um terço que segurava e eu rezei. Rezei como nunca rezara antes. Elas, aquelas criaturinhas, precisavam de uma mãe. E essa mãe era Mandy.
Lucy

     O que estão achando da novela?

Beijinhos, Tang

2 comentários:

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