A confusão está armada. Mandy melhorara, mas o que Rachel estava desesperada para contar? E o que havia acontecido no passado com Isabelle que deixara Rachel com tanta raiva? Confira algumas das respostas neste capítulo que segue....
Mandy
Abri meus olhos. Lucy estava ao meu lado.
-Mandy! – ela chorava e eu sentia como se metade do meu coração havia sido arrancado.
-O-oi. – disse, me sentindo fraca.
Existiam fios por toda parte. Olhei ao redor. Era um hospital, tinha certeza.
O que acontecera?
Lembrei de estar em um ócio total e decidir visitar Kate. Mas não tinha ideia do que acontecera depois que liguei o carro.
Chuva, chuva, muita chuva...
-Graças a Deus você está bem! – ela disse, forçando-me a voltar ao presente.
-Mas, o que aconteceu? – falei, olhando para mim mesma e me sentindo vazia, leve.
Ela acariciou meu braço livre.
-Você, - ela fez uma pausa, para se acalmar. – Sofreu um acidente, de carro.
Olhei preocupada para ela, que entendeu. Comecei a sentar na cama e Lucy colocou a mão em meu ombro, me forçando a deitar novamente.
-Não fique assim. Elas estão bem.
-Elas? – perguntei um pouco nervosa, olhando em volta a procurar meus bebês.
Ela respirou alto, e focalizei em seus olhos cansados.
-Sim. Por que não me contou, Mandy? – ela falou, olhando para baixo.
Entendi o que ela queria dizer. Gêmeos. Não contara que eram gêmeos. E eu tinha os meus motivos para isso, só que não podia contar a história completa. Inventei algo rápido.
-Não sei. Simplesmente não queria que você ficasse preocupada, sou muito... nova eu acho, para ser mãe de gêmeos.
Ela pareceu acreditar. Isso me aliviou.
-Gêmeas. – corrigiu ela.
Nós sorrimos.
-Onde estão? – procurei pelo quarto mais não vi sinal de nenhuma caminha menor.
-O médico já está trazendo. E eu tenho novidades. – ela se abaixou e cochichou o que eu temia. - O pai dos bebês apareceu. Ele e Rachel.
Minhas mãos começaram a suar. Fazia seis meses que não ouvira falar de nenhum dos dois.
De repente, Logan entrou segurando minhas filhas.
-Mandy. – ele disse. Eu apenas estiquei meus braços o máximo que pude e peguei os nenéns que ele segurava.
Olhei para seus pequenos rostinhos. Seus olhos estavam fechados e elas dormiam. Era anjos vindos para mim. Meu doces anjos de alegria.
-Minhas lindas. – falei, ignorando totalmente a presença de Logan.
-Qual vai ser o nome? – disse Lucy, tendo a mesma atitude que eu quanto ao pai das crianças.
Olhei para ela e uma lágrima caiu. Minhas filhas. Tão lindas. Eu estava em frenesi. Eu era a pura felicidade.
-Nunca imaginei elas com outros nomes. Ella e Emma. – disse, soluçando.
Lucy também chorou e me abraçou. Ela sabia por que eu escolhera esses nomes. E essa lembrança era apenas nossa.
Limpei meus olhos.
-Mandy. – Logan disse, mas não lhe dei atenção. Olhei para as pequeninas. – Quero assumir as crianças. Quero estar presente em suas vidas.
Olhei para ele e recomecei a chorar. Eu o odiava. Odiava por ter fugido, odiava por ter feito tudo o que fez com minhas amigas. Eu o odiava, mas gostaria que ele entendesse.
-Não. – falei, curta e breve.
O olhei pela primeira vez. Ele estava diferente, mas maduro, não sei.
Logan pareceu surpreso. Não entendia nada. Mas eu também não, só sabia que ele não as merecia.
-Eu sou a mãe delas. E as minhas filhas não têm pai.
Ele bufou.
Logan saiu, para minha alegria. Ele sabia que não poderia discutir comigo. Eu ganharia. Eu era a mais forte naquele relacionamento como sempre fora.
Rachel entrou na sala assim que Logan sumiu. Lucy olhou para mim e eu acenei. Ela decidiu me deixar a sós com Rachel.
-Mandy. – disse Rachel, com os olhos inchados. – Preciso te contar uma coisa. Uma decisão que tomei. Uma coisa que fiz...
Olhei assustada para ela. O que de tão importante ela queria falar? Não via que aquele momento era meu e das minhas filhas? Só nosso momento. Se ela não tivesse algo muito bom para falar, era melhor ir embora.
-Fale. – disse, minha atenção ainda voltada as bebês que dormiam em meu colo. Uma delas soluçou e eu sorri. Eram perfeitas, como eu sempre quisera.
Rachel colocou as mãos em seu coração e chorou intensamente.
Logo ela, que nunca fora de chorar muito. Logo ela, que nunca me preocupou com nada. Logo Rachel, que era tão independente. Se ela chorava, era porque algo de muito ruim havia acontecido. E eu temi.
Rachel disse três palavras. Apenas três palavras que mudaram o rumo de nossas vidas.
Senti meus braços amolecerem. Pensei em minhas filhas, mas era tarde demais.
Só havia a escuridão. E ela estava me consumindo.Beijinhos, Tang
Oiii! Estou loouquinha para ler! MAAS parei em um episódio, e como estou viajando não tenho teempo! Beeiiijinhos! s2s2 Cáah
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