quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Epílogo OMG


            Hoje tem o Epílogo (uma história a parte mostrando além do “final”) de OMG. Tem esse Clie aí em baixo da Miley Cyrus (The Climb) que achei perfeito para esse Epílogo porque mostra a londa caminhada de alguém, as barreiras que deve vencer. Darei a dica de colocarem a música enquanto lêem o texto.



A alegria pode ser considerada um pássaro. Quando menos se espera, ela vai embora para sabe-se lá onde. Mas quando se espera ainda menos, ela volta trazendo consigo amigos.
            Meu nome é Amanda McOlsen. Antes meu sobrenome era Ryan.
            Sofri um acidente e durante seis anos fiquei sem memória. Mas isso fora há muito tempo atrás...
            Neste momento penso em várias coisas. A primeira é o “bip” que a máquina ligada a mim está fazendo. Está alto. E doloroso.
            Mas não penso da dor. Sei que me restam poucos minutos de vida, por que pensar em coisas ruins?
            Ella e Emma.
 Minhas filhas.
            Ella virou uma cientista conhecida, descobriu novas curas e fez muitos avanços na medicina. Mas só está começando, sei que ainda será a melhor profissional do ramo que existirá. Ela sempre fora muito esforçada e talentosa em conseguir o que queria.
            Emma é dona de casa. Mora em Nova York com seu marido, Phillip, e dois filhos, Paul e Bob. Meus netinhos. Vejo-os todo ano, mas sinto tanta falta.
            Imagino que neste instante ela está em um vôo para cá. Não era necessário, porque não adiantaria de nada. Chorar para quê?
            Théo saíra do quarto há poucos minutos.  Estava cansado de lutar comigo, mas eu compreendi.
            Sim, nos casamos.
            Lembro-me que sempre falara que não iria me casar. Como me enganara.
            Era uma questão de... achar a pessoa certa. E eu conseguira encontrá-la. Estivera sempre ao meu lado.
            Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Estou com 70 anos, mas me sentia uma criança.
            Lucy. Rachel. Jenny. Kate. Luise. Jake. Mary. Judy. Lisa. Logan.
            Jenny descobrira haver um engano. Nunca estivera doente afinal. Paesar de se uma pessoa maravilhosa, nunca encontrara alguém que realmente amasse. Mas nunca desistiu, sempre estando à procura de amigos novos.
            Jake, meu primo, já partira desta vida. Ele e Rachel constituíram uma linda família. Alice e Thiago, dois lindos filhos. Ficaram sempre ao lado da mãe depois que o pai morreu, há dois anos. Rachel entendera bem a situação. Era forte e sabia que certa hora as coisas acabariam.
            Entenderia também a mim.
            Kate virara cantora e ao fazer um tour, encontrara seu companheiro, Juan. Não haviam se casado, apenas viviam juntos. Não tinham tido filhos, saíram pelo mundo em busca de aventuras. São felizes, tenho certeza.
            Lucy vivera um sonho e se tornara atriz de Hollywood. Ela fora para a Brodway e, apesar de começar pelo mais baixo dos empregos, havia mostrado seu potencial e conseguira o ponto mais alto de uma estrela: ganhara o Oscar de melhor atriz merecidamente. Ela e eu trabalhamos juntas por muito tempo. Até o dia em que foi para um lugar melhor. Havia 5 anos. O mundo todo se emocionara em perder uma das mais consagradas atrizes que já existiram.
            Não consegui aceitar. Mas era a vida.
            Théo afinal salvou as Barbies, mas sempre quisera ser médico e ajudar as pessoas com menos condições financeiras. Ele havia deixado a empresa aos cuidados de Logan, que virara muito amigo por causa do tempo em que eu ficara sem memória, e virado uma pessoa mais humana, trabalhando voluntariamente. Vivemos boa parte da vida com o dinheiro que a bonequinha nos rendera, mas nunca larguei meus livros e roteiros. Fora uma vida excelente, era de admitir.
            Lily e Logan se casaram. Por incrível que pareça, ele acabou não ficando comigo, Rachel ou mesmo Luise. Mas havia se tornado meu melhor amigo.
            As pessoas mudam, e ele era uma prova disso.
            Luise fora para a África e lá ajudava em tudo que podia. Ela adotara uma criança negra e rodara o mundo promovendo a paz e o amor entre raças e credos diferentes. Uma pessoa maravilhosa.
             Mary, Judy e Lisa viraram biólogas e viveram boa parte da vida pesquisando novas espécimes na Amazônia.
            Eu era escritora. Escrevera muitas obras e fora convidada ao The New York Times, mas recusara. O Brasil era meu país, não poderia abandoná-lo. Minha vida estava aqui.
            No final descobri que fora feliz. Tive um marido, filhas maravilhosas, amigos para sempre, sucesso, trabalho... tudo que poderia pedir a Deus.
            Ouvi sussurros, mas estavam longe demais para divulgá-los.
            Uma dor surgiu em meu peito e me fez abrir os olhos.
            Alguém estava ali.
            Era Lucy.
            Ela sorriu para mim e me estendeu a mão.
            Segurei-a com força e ela me ajudou a levantar. Era uma sensação boa, muito boa. Deixava todos os medos, todos os sofrimentos do mundo e iria com minha melhor amiga. De repente, percebi que tínhamos 12 anos novamente.
            “Deus está no coração dos homens puros”, falara Lucy certa vez. Minha frase favorita, com certeza. Num mundo cheio de corrupções, bandidos, mortes, sangue, poucos eram os homens puros.
            Existia uma única palavra que traduzia a frase: Emmanuella.
            Emma e Ella.
            Escolhera o nome de minhas filhas sendo Emma e Ella, pois esperava que fossem iguais a mim e Lucy: com um coração repleto de amor. “Deus está no coração dos homens puros”.
            Voltando ao presente, percebi que estava um corredor imenso. Um corredor sem fim.
            Não, havia uma luz.
            Estávamos indo em sua direção. Olhei para Lucy insegura, mas ela apenas sorriu novamente.
            Andamos em busca do que mais queríamos ter: paz.
            Não era o fim, e sim o começo.

Beijinhos, Tang

2 comentários:

  1. Ameeei! Eeee! Que triistin! Vô cholaa!
    hehhh!!Beijiinhos, Cáah! s2

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  2. Ameiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!! S2! Bjs♥

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