terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

33º Capítulo de OMG!

É pessoal, chegamos ao último capítulo de OMG! Primeiro, desculpa pela demora. Com a volta as aulas, não tive tempo nem pra respirar agora exagerei. Enfim, esse capítulo é longo porque tem muita coisa mesmo pra explicar. Sei que todos nós ficamos chateados pela morte da Isabelle, mas como Nikki em Os Laços de Uma Rosa, ela tinha que morrer para que a novela continuasse. Então, vamos começar o último capítulo. Só pra avisar haverá vários pontos de vista hoje.
33º Capítulo (Narrado por Mandy)
         Joguei a carta sobre a mesa e olhei para minhas filhas. Tão lindas e com tanta vida pela frente. Odiei-me em pensar que estava desistindo de tudo aquilo por causa de pessoas más e mortas como Julian.
         Enquanto abraçava minhas pequenas Ella e Emma, tive um vislumbre do rosto de Rachel. Ela também tinha uma filha e talvez fosse a melhor pessoa para cuidar de minhas gêmeas. Sempre fora carinhosa e nunca deixava os outros se sentirem mal. Ficava feliz em saber que Jake era um bom rapaz para ela.
         Saí do quarto e fui até o telefone da sala. Disquei o número de Luise. Ela não sabia de nada dos últimos acontecimentos e não suspeitaria de minha decisão.
         -Alô? – a voz suave de minha amiga, despertou aquele sentimento de falta que eu sentiria.
         -Lu? Aqui é a Mandy. Tenho que sair e precisava que você viesse pra casa cuidar de Ella e Emma. Pode me fazer esse favor? – tentei não transparecer a dor que sentia com aquela decisão.
         -Ah, claro. Chego aí em dez minutos – e Luise fez exatamente isso. Quando a campainha tocou, sequei minhas lágrimas e respirei fundo. Imaginar que aquela seria a última vez que veria minha amiga.
         Doeu em meu coração lembrar que não teria a chance de me despedir de Lucy e Rachel, minhas melhores amigas e que me ajudaram tanto nesses últimos tempos. Até mesmo de Logan, eu queria ter a chance de dizer adeus. Ele era o pai de minhas filhas e apesar de sentir raiva sobre o que fizera com o amor que recebera de Rachel, tinha adquirido uma ligação com ele.
         Luise não reparou minha tristeza, deixou que eu saísse correndo, dando-me um abraço antes. O nosso último abraço. Não chorei, sabendo que aquilo acabaria de vez com toda minha escolha.
         Peguei o elevador e desci até a garagem. Entrei em meu carro e tomei um caminho sombrio naquele dia nublado. O último dia.
         Entrei numa avenida e manobrei meu carro. Enquanto um raio de sol invadia minha visão, um caminhão veio em grande velocidade na contra-mão e tudo ficou escuro. O último rosto que vi foi o de Théo.
         Cena narrada por Rachel
         Seis anos. Haviam se passado seis anos desde aquele dia macabro. Quantas lágrimas foram derramadas, quanta dor sentimos. Agora olhando para aquele quadro no centro da sala, senti minha respiração aliviar.
         Ouvi passos e logo depois os braços de Jake me cercaram. O abraço aconchegante de meu marido não deixava nenhuma tristeza penetrar minha mente. Segundos depois, Alice veio correndo em nossa direção dando aquela risadinha adorável que ela tinha.
         Faltava apenas um dia para seu aniversário. Minha filha já estava fazendo dez anos. Sentia como se depois daquele dia em que recebi a ligação de Luise sobre a saída de Mandy, todo o tempo voasse.
         Fui para a cozinha, com o intuito de preparar o lanche da tarde de Alice. Em fase de crescimento, ela não podia deixar de ter suas refeições.
         Lágrimas ameaçaram cair de meus olhos, quando Alice mencionou que a irmã caçula de Isabelle viria brincar com ela daqui algumas horas. Sentia tanta falta de minha amiga. Precisava dela ao meu lado.
         O telefone tocou e Jake assumiu meu lugar na cozinha. Fui para a sala e atendi a ligação. Era de Lucy.
         -Lucy! Tudo bem com você? – tentei amenizar a tensão que havia no ambiente.
         -Melhor… Emma e Ella gostariam de ver Alice hoje, mesmo que a festa de aniversário dela seja amanhã – ao final da frase, minha amiga Lucy deu uma risadinha.
         -Ah, tudo bem. Jordan também vai vir – minha garganta secou ao pensar na pequena irmã de Isabelle com seus cachinhos pretos.
         Desligamos o telefone depois de mais algumas palavras e a campainha tocou. Corri até a porta e nem tentei olhar no olho mágico. Ao virar a maçaneta encontrei Théo parado.
         -Rach! – ele gritou me envolvendo num abraço. Tínhamos virado grandes amigos naqueles seis anos. Sorte minha que Jake não era ciumento. Exceto com Logan.
         De trás de Théo, uma figura sombria surgiu. Usava um longo vestido preto. O cabelo estava preso num coque. Seus olhos pareciam perdidos. Apesar da tristeza constante em seu rosto, eu nunca me esqueceria daquela pessoa. Mesmo que ela não se lembrasse de mim.
         Um pequeno nome saiu de minha boca sem muito incentivo. Doía-me lembrar que eu era uma estranha para ela.
         -Mandy.
         Seu corpo tremeu enquanto ela arfava. Théo segurou sua mão de forma protetora. Ele cuidava de Mandy todos os dias, sem descanso nunca.
         -Você é? – sua voz era doce e me fez chorar. Pensar que aquela mente não conseguia se lembrar de tudo que havíamos passado juntas. Das dificuldades e das alegrias.
         -Rachel. Eu me chamo Rachel – sequei minhas lágrimas e segurei sua mão.
         -Fomos amigas? – perguntou ela com uma inocência adorável.
         -Somos amigas – a corrigi, sentindo um aperto no coração. Entramos na casa e Alice veio correndo para abraçar Mandy. Percebi que minha filha também sofria.
         Sentamos no sofá e ao olhar para o rosto perdido de Mandy todos os acontecimentos daquele dia macabro voltaram a minha mente. As palavras do médico, os gritos de Lucy desesperada, o choro silencioso de Théo e principalmente, minha depressão.
         Perdera a memória. Acreditamos que não há cura. Pelo menos por enquanto. Era tudo muito duro. Mandy ficara em coma por uns dias, até voltar sem saber de nada.
         Emma e Ella cresceram sendo cuidadas por mim e Lucy, mas sempre souberam que Mandy era a sua verdadeira mãe. Théo e Logan dividiram o papel de pai sem nenhuma discussão. O importante era o crescimento das gêmeas.
         Observei o quadro no centro da sala que continha uma linda imagem. Era o dia do aniversário de Mandy, há três anos. Naquele dia ela conseguira se lembrar de todos nós. Por causa disso tiramos uma linda foto de todo o nosso grupo.
         Eu, Mandy, Jake, Logan, Lucy, Théo, Kate, Luise, Jenny, Mary, Judy, Lisa, Emma, Ella, Alice, minha mãe e Jordan. Nunca esquecerei o quanto rimos. Mas também não esqueci o quanto chorei quando na manhã seguinte tudo voltara ao normal.
         Horas depois, minha casa estava cheia. Todos os presentes naquele dia tinham voltado. O déjà vu era forte de mais para eu não ter esperanças. Quando o sol desapareceu, Mandy se levantou para levar seu prato na cozinha, enquanto Théo falava sobre seu projeto de patrocinar as Barbies. Estava dando muito lucro para ele e tinha salvado as nossas adoráveis bonecas.
         No meio do percurso, ela parou e me viu. Sua boca se abriu num O perfeito, me fazendo tremer. O prato caiu no chão com um estilhaço alto e Mandy disse:
         -Seremos sempre amigas – e me abraçou. Choramos e rimos absorvendo o momento em que estávamos unidas novamente.
         Espero que tenham gostado desse último capítulo. A Tang me pediu para fazer um Epílogo e faremos também um post especial com as curiosidades sobre a novela. Agradecemos a todos vocês que acompanharam cada momento dessa história e se emocionaram conosco. Pretendemos voltar daqui algumas semanas, mas provavelmente não será com uma continuação de OMG! Beijinhos cheios de purpurina e saudades, StarGirlie.
Obs: deixem muitos comentários, hein?

Um comentário:

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