sábado, 5 de fevereiro de 2011

32° Capítulo OMG


     Vou começar o capítulo sem enrolar:

        Mandy

Isabelle. Não.
        Ela nunca fora muito bem compreendida. Mas não merecia sofrer pelos meus erros. Pelos erros de Rachel. Pelos erros de Jullian. Pelos erros do mundo.
        Eu estava cansada.
        Cansada de viver.
        Ao ver Isabelle, não soube mais o que fazer.
        Saí correndo. Chorando. Mas não só por Isabelle, mas por tudo e todos.
        Théo me seguiu.
        Peguei o primeiro ônibus que passou pela propriedade. Théo ficou quieto o tempo todo, me olhando chorar e entendendo minha dor. Sem qualquer som, apenas me dando forças. Essa era uma característica dele que eu apreciava: saber a hora de falar.
        Fomos para qualquer lugar. Qualquer vida. Qualquer mundo.
        Desci em um ponto e fiquei vagando pela cidade. O sol estava poente. Parei a beira de um lago para apreciar.
        Sentei na grama verde. Théo também.
        -Théo, preciso ir para casa. Vamos nos separar.
        -Eu sei. – ele segurou forte em minha mão. - Não quero... ficar longe.
        -Hum, também adoro essa cidade...
        -Não, não quero ficar longe de você.
        Olhei em seus olhos e ali me perdi. Nossos corpos começaram a se aproximar.
        O beijo seria ali, no melhor lugar possível, com visão privilegiada dos últimos raios do sol.
        Mas não ocorreu.
        Théo olhou para o lado em busca de alguma coisa.
        -O que foi? – perguntei.
        -Hum, espere aí.
        Ele correu até um homem que vendia doces parado perto de nós e observei-o pedir alguma coisa e pagar. Ele voltou correndo.
        -O que comprou? – disse.
        Meu amigo se ajoelhou.
        -Mandy. Ok, vai ser difícil... Er... Nos reencontramos a pouco tempo, mas... Ah, vou direto ao ponto. Aceita se casar comigo?
        Olhei para o objeto que Théo me oferecia. Um anel. Não, um pirulito de anel.
        Fiquei paralisada. Era sério?
        Alguns segundos se passaram sem resposta.
        -Então? – disse esperançoso.
        -Oh, Théo...
        Seus olhos ficaram maiores.
        -Não.  Não hoje, nem agora. – meus olhos choraram. – Desculpe...
        Deixei-o no vazio e mais uma vez saí correndo. Mas dessa vez estava sozinha.
        Fui até a rodoviária. Não queria mais ônibus, não queria sofrimento, não queria nada, mas fui brigada. A única coisa que queria eram minhas filhinhas. Só elas.
        Cheguei a casa de Lucy. Ela atendeu minhas batidas na porta.
        -O que foi? – perguntou ela quando entrei correndo na casa em busca das meninas. – Estão no quarto, mas o que aconteceu?
        Peguei as minhas filhas no colo e as abracei, apesar de estarem dormindo profundamente.
        Lucy entrou no quarto.
        -Desembuche agora mesmo.
        -Não estou com cabeça. Vou para casa, pode me levar?
        Ela fez que sim. Lucy tinha o mesmo talento de Théo, saber quando dizer as coisas.
Ah, Théo....
        Lucy levou-me para casa sem mais demoras.
        Entrei e minha amiga logo partiu.
        À noite não consegui dormir.  Fiquei pensando. Em tudo.
        Na manhã seguinte, mesmo antes de Ella e Emma acordarem, comecei a carta.
       
        
        Queridos amigos,

       Desculpem por tudo. Tudo. Não consigo mais. Cuidem das minhas filhas...

        Uma lágrima caiu no papel e eu logo limpei. Não seria fácil, mas não suportava mais...

Mandy

        Então, o que acontecerá? Desculpem pelo péssimo capítulo, estou morrendo de pressa. Não esqueçam de comentar.

        Beijinhos, Tang
         

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